Talvez, bem talvez mesmo, tudo que passamos pela vida nos remeta ao resultado do nosso presente. Esta fórmula, para uns, piegas, para outros, regra de vida, para outros mais, simples argumento para desastres e sucessos, tem seu quê de razão se num instante só do tempo que urge como leão pararmos para rever esse mesmo tempo no passado. Fiz isso ontem e hoje e será assim pelos próximos trinta anos. Fiz por necessidade ou por falta do que fazer, mas fiz.
Quando me levantei para o café, lá pelas oito da manhã, chovia muito em Aracaju, uma chuva com vento, chuva fina que até me lembrou o Rio de Janeiro. Ao longe, da janela do meu quarto, aqui do décimo andar, eu não pude ver o mar azul distante que tenho visto desde que vim para esse apartamento que tem seus espaços preenchidos pelo eco da minha voz. Confesso que me entristeci quando não vi o mar, era uma falta, foi uma falta que me fez. A cama estava vazia, pois Ana já havia voltado para o Rio naquela mesma madrugada, pude então pensar com segurança física e palpável: “estou só, alto aqui do décimo andar...”. Me senti como Gregor Samsa de “A Metamorfose” do Kafka, livro este que, aliás, li em três horas.
Hoje pensei que acordaria com, ao menos, a visão do mar e, assim, como ontem o dia amanheceu chuvoso e nublado. O curioso é que isso, talvez, me trouxesse certa paz, uma familiaridade com minha cidade natal, talvez sim, talvez não.
Pensei as muitas vezes em que estive só. E quando eu achava que me bastava. Mas não me basto. Já faz três dias do inicio dessa frase, o tempo passou e a sensação ficou.
O dia hoje amanheceu com sol e eu fui caminhar pela necessidade de caminhar. Fiz meu almoço. Fiz minha tarde com roupas no varal e o vento com o sol mais fraco entrando as frestas da minha alma. Escrevi um texto. Li um livro. Falei com meu pai. A mãe mandou um beijo e eu fiquei só novamente.
Aos poucos, agora após longas horas, Aracaju começa a silenciar. Lá embaixo os carros diminuem o moto-contínuo e me delongo demais nos pensamentos. Seja quem for que tocou a companhia da porta, não era ninguém. Apenas o vento.
Seja qual fosse a reflexão que eu iria fazer, deixa estar, apenas lamento.
Quando me levantei para o café, lá pelas oito da manhã, chovia muito em Aracaju, uma chuva com vento, chuva fina que até me lembrou o Rio de Janeiro. Ao longe, da janela do meu quarto, aqui do décimo andar, eu não pude ver o mar azul distante que tenho visto desde que vim para esse apartamento que tem seus espaços preenchidos pelo eco da minha voz. Confesso que me entristeci quando não vi o mar, era uma falta, foi uma falta que me fez. A cama estava vazia, pois Ana já havia voltado para o Rio naquela mesma madrugada, pude então pensar com segurança física e palpável: “estou só, alto aqui do décimo andar...”. Me senti como Gregor Samsa de “A Metamorfose” do Kafka, livro este que, aliás, li em três horas.
Hoje pensei que acordaria com, ao menos, a visão do mar e, assim, como ontem o dia amanheceu chuvoso e nublado. O curioso é que isso, talvez, me trouxesse certa paz, uma familiaridade com minha cidade natal, talvez sim, talvez não.
Pensei as muitas vezes em que estive só. E quando eu achava que me bastava. Mas não me basto. Já faz três dias do inicio dessa frase, o tempo passou e a sensação ficou.
O dia hoje amanheceu com sol e eu fui caminhar pela necessidade de caminhar. Fiz meu almoço. Fiz minha tarde com roupas no varal e o vento com o sol mais fraco entrando as frestas da minha alma. Escrevi um texto. Li um livro. Falei com meu pai. A mãe mandou um beijo e eu fiquei só novamente.
Aos poucos, agora após longas horas, Aracaju começa a silenciar. Lá embaixo os carros diminuem o moto-contínuo e me delongo demais nos pensamentos. Seja quem for que tocou a companhia da porta, não era ninguém. Apenas o vento.
Seja qual fosse a reflexão que eu iria fazer, deixa estar, apenas lamento.