Já ouviram um choro? Não o choro dos olhos. Não esse. Me refiro, na verdade, ao estilo musical que muitos defendem ser genuinamente brasileiro – não entrarei em detalhes. Contudo, a analogia do choro, da música em geral, me serve como bom argumento. Um choro bom, um choro bem tocado, na maioria das vezes curto, deixa um gosto de quero mais, uma saudade dos sons que acabamos de ouvir, a isso, chamarei de brevidade. Melhor, a brevidade.
Ontem a tarde um amigo meu de trabalho, Vinicius Constant, me fez uma visita e me trouxe de presente de natal três Lp’s, dois instrumentais e um evangélico. Confesso que ainda não ouvi o de música cristã, porém, os instrumentais estão se revezando continuamente na vitrola. Deles falarei, na verdade, de apenas um, o de choro.
Disco peculiar, gravado em 1983 que, com certeza, meu amigo Vinicius não tem a mínima noção da preciosidade que se tornou este disco para mim. Não é um disco raro o tal Brasileirinho – Evandro do Bandolim e seu Regional que agora rola na minha Philips, mas a importância deste músico, nascido em João Pessoa, em 1932 e falecido em 1994 é de registro. Josevandro Pires de Carvalho tocou com grandes nomes da música brasileira, desde o ótimo flautista Altamiro Carrilho, Cartola, Jamelão, Sivuca, etc. Estes fatos contarei quando me encontrar com meu amigo novamente no início do ano letivo quando voltarmos a lecionar.
Ontem a tarde um amigo meu de trabalho, Vinicius Constant, me fez uma visita e me trouxe de presente de natal três Lp’s, dois instrumentais e um evangélico. Confesso que ainda não ouvi o de música cristã, porém, os instrumentais estão se revezando continuamente na vitrola. Deles falarei, na verdade, de apenas um, o de choro.
Disco peculiar, gravado em 1983 que, com certeza, meu amigo Vinicius não tem a mínima noção da preciosidade que se tornou este disco para mim. Não é um disco raro o tal Brasileirinho – Evandro do Bandolim e seu Regional que agora rola na minha Philips, mas a importância deste músico, nascido em João Pessoa, em 1932 e falecido em 1994 é de registro. Josevandro Pires de Carvalho tocou com grandes nomes da música brasileira, desde o ótimo flautista Altamiro Carrilho, Cartola, Jamelão, Sivuca, etc. Estes fatos contarei quando me encontrar com meu amigo novamente no início do ano letivo quando voltarmos a lecionar.
Mas e a brevidade? Ah, a brevidade! É um sopro, um suspiro. Fazemos tantos planos e um vento sequer vem e nos atordoa. Tudo é tão breve como um choro. A vida é tão breve que pode nos suscitar de repente um choro. A tal brevidade da vida é como um céu azul que rapidamente se carrega de nuvens negras e despenca sobre nós um temporal.
Um choro. Uma chuva. Por volta das 23:17 de ontem enquanto dirigia de volta para casa, sem motivo aparente para vocês ou para o mundo, confesso, chorei. Pela brevidade da vida, eu confesso, chorei.
Subi as escadas devagar, não por cansaço ou velhice, tampouco pelo caminho estar escuro, apenas para não correr muito, apenas para observar o vento nas copas das árvores e o céu limpando. Peguei a flauta, o violão, o violão, a flauta... decidi pela tv. Jabor fala algo sobre terrorismo. Seu talento ficou em Eu Te Amo.
Um choro. Uma chuva. Por volta das 23:17 de ontem enquanto dirigia de volta para casa, sem motivo aparente para vocês ou para o mundo, confesso, chorei. Pela brevidade da vida, eu confesso, chorei.
Subi as escadas devagar, não por cansaço ou velhice, tampouco pelo caminho estar escuro, apenas para não correr muito, apenas para observar o vento nas copas das árvores e o céu limpando. Peguei a flauta, o violão, o violão, a flauta... decidi pela tv. Jabor fala algo sobre terrorismo. Seu talento ficou em Eu Te Amo.
Eu fiquei por aqui e apenas observei, mais uma noite, a brevidade de tudo. Apenas ouvi um Lamento, um breve choro de Pixinguinha e Vinicius de Morais...
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