O dia acorda calmo. Os carros andam. As pessoas andam. O céu brilha o azul. O sol reflete fria a luz amarelada da cútis do universo.
Hoje nasci. São vinte e cinco anos. São 6:20 da manhã. Metade de meio século. Sou metade. Sei que ela me ligará dizendo que me ama. Sei que meus pais me abraçarão. Sei que o dia será como todos os outros lá fora no mundo.
Ligo o computador. “Sabe lá o que é isso?”[1] é o disco que escolho para embalar o meu dia. “Forró novo” é a canção predileta. Não temo o tempo. Ele resseca a pele, porém acalma a alma. E hoje, depois de muito tempo, minha alma acordou calma.
Não tenho reflexões para hoje. Nada, além do tempo. Olhei algumas fotos antigas. Umas amareladas como a luz fria do sol de hoje. Enquanto olhava o movimento da rua: Ana ligou, ela me ama. Dois amigos me ligaram: Vinicius e Kimon. Um amigo me enviou um e-mail: Marcelo. Propus um Maracanã com Thiago: Talvez eu vá com seu irmão. Tudo corre como eu queria.
O tempo vem e a gente aprende a deixá-lo ir tranqüilamente. Hoje cantei, enfim, a música de Belchior. Realmente tenho sonhos e planos. Tenho agora vinte e cinco anos de América do Sul. O Fluminense vai mal.
A beleza é não estar triste. Nem saudoso. Nem nostálgico. Nem feliz também. Apenas calmo. Com a certeza de que o tempo passa e de que tudo chega ao fim um dia.
Não há motivos demais hoje para mim. Apenas um leve sorriso e alguns abraços. Desejos vindos. Nada fantástico. Bom. Muito bom.
Folheio um Kundera. Folheio um Maiakovski. Olho meu Dom Casmurro... Definitivamente, a poesia – toda – é uma viagem ao desconhecido assim como a aurora de todo tempo perdido.
Quando criança esperava o ano 2000. Caminhava até a escola e fazia contas de qual idade eu teria se o mundo não acabasse conforme diziam. Chegamos até aqui e o que fizemos? O quintal mudou. Árvores morreram. Alguns pedaços meus com elas.
Afinal, “nada é assim, rapaz, pra sempre”, disse o velho Braz...[2]
Hoje nasci. São vinte e cinco anos. São 6:20 da manhã. Metade de meio século. Sou metade. Sei que ela me ligará dizendo que me ama. Sei que meus pais me abraçarão. Sei que o dia será como todos os outros lá fora no mundo.
Ligo o computador. “Sabe lá o que é isso?”[1] é o disco que escolho para embalar o meu dia. “Forró novo” é a canção predileta. Não temo o tempo. Ele resseca a pele, porém acalma a alma. E hoje, depois de muito tempo, minha alma acordou calma.
Não tenho reflexões para hoje. Nada, além do tempo. Olhei algumas fotos antigas. Umas amareladas como a luz fria do sol de hoje. Enquanto olhava o movimento da rua: Ana ligou, ela me ama. Dois amigos me ligaram: Vinicius e Kimon. Um amigo me enviou um e-mail: Marcelo. Propus um Maracanã com Thiago: Talvez eu vá com seu irmão. Tudo corre como eu queria.
O tempo vem e a gente aprende a deixá-lo ir tranqüilamente. Hoje cantei, enfim, a música de Belchior. Realmente tenho sonhos e planos. Tenho agora vinte e cinco anos de América do Sul. O Fluminense vai mal.
A beleza é não estar triste. Nem saudoso. Nem nostálgico. Nem feliz também. Apenas calmo. Com a certeza de que o tempo passa e de que tudo chega ao fim um dia.
Não há motivos demais hoje para mim. Apenas um leve sorriso e alguns abraços. Desejos vindos. Nada fantástico. Bom. Muito bom.
Folheio um Kundera. Folheio um Maiakovski. Olho meu Dom Casmurro... Definitivamente, a poesia – toda – é uma viagem ao desconhecido assim como a aurora de todo tempo perdido.
Quando criança esperava o ano 2000. Caminhava até a escola e fazia contas de qual idade eu teria se o mundo não acabasse conforme diziam. Chegamos até aqui e o que fizemos? O quintal mudou. Árvores morreram. Alguns pedaços meus com elas.
Afinal, “nada é assim, rapaz, pra sempre”, disse o velho Braz...[2]
Um comentário:
olá, bruno.
belo texto - reflexivo e poético.
assim como vc, estou na casa dos 25 tb...
ñ fiz sucesso com minha tão sonhada banda de rock e ainda ñ publiquei meu primeiro livro completo.
meu deus.
abraços.
rogers silva
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