Uma avalanche de letras, palavrinhas soltas, sílabas, vogais. Abafadas, abertas, sem sentido: a e i o u. O caderno de caligrafia que eu nunca soube usar. Letras redondas, dizia a tia Janaína e eu cansado de tentar.
Estou meio tonto. Carrego dentro de mim um violão. As cordas afinando-se automaticamente em cada acorde dissonante. A caixa, o peito. O braço, minhas mãos. Traste. Trastes.
Digam o que quiserem: o silêncio nem sempre é a solidão. E aquilo que não foi dito é porque não há de ser um não.
Ps. Ao som do disco Spectral Mornings de Steve Hackett.
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